Que
espaço é esse? O espaço do não mais privado, o espaço público e virtual da
informação, informação que agora se apresenta pela impossibilidade de seu total
domínio. Se antes tínhamos acesso a determinado número de exemplares de livros
em nossas escolas, e conseguíamos ler toda a “Coleção Vaga-Lume”, hoje se torna
inviável contermos o todo, pois o que está disponível é da ordem do infinito. Enquanto
a Biblioteca Nacional, situado no Rio de Janeiro, recebe diariamente uma média
de 150 exemplares de livros, o ciberespaço, com sua mega rede de comunicação,
recebe milhares de informações, algo que cresce à cada segundo, mais e mais.
Mas
o que fazer diante dessa avalanche de produção? Pierre Lévy (assistir vídeo
disponibilizado) vem nos falar da importância em filtrarmos os conteúdos
disponíveis, já que não mais podemos abrangê-lo em sua totalidade, e ainda que
o pudéssemos, estariam imediatamente ultrapassados, visto ser a novidade um dos
motores da produção incessante. Lévy enfatiza a necessidade de atribuirmos um
sentido à toda essa gama de informação, e que esse sentido é pessoal. Ele
aponta para nossa responsabilidade com nosso próprio conhecimento,
que não mais nos é dado pronto, por exemplo, pela escola, mídia, igreja,
família, Estado ou amigos. A visão é tão ampla e diversificada que nos é de
inteiro encargo a atribuição de um sentido para tudo o que nos cerca.
O
espaço formal de educação, representado pelas universidades, também estão tendo
que mudar sua metodologia de ensino para se adequarem ao conceito da
responsabilização pessoal pela própria aprendizagem. Ela não é mais a detentora
mor das informações, tampouco lhe cabe a exclusividade da tarefa de
transmiti-las. Seu atual papel tem sido o de gerenciar e estimular os alunos a
buscarem e trilharem seus percursos na construção do conhecimento,
oferecendo-lhes as inúmeras ferramentas virtuais, como o ensino à distância. A
esse respeito, veja o que Lévy
(http://caosmose.net/pierrelevy/educaecyber.html) afirma ser necessário: “(...)
a adaptação dos dispositivos e do espírito do aprendizado aberto e à distância
(AAD) no cotidiano e no ordinário da educação. É verdade que o AAD explora
certas técnicas do ensino à distância, inclusive a hipermídia, as redes
interativas de comunicação e todas as tecnologias intelectuais da cybercultura.
O essencial, porém, reside num novo estilo de pedagogia que favoreça, ao mesmo
tempo, os aprendizados personalizados e o aprendizado cooperativo em rede.
Nesse quadro, o docente vê-se chamado a tornar-se um animador da inteligência
coletiva de seus grupos de alunos, em vez de um dispensador direto de
conhecimentos.”
Autor: Tatielly
Bonan
Fonte: LINK
Gostei muito do texto, parabéns!
ResponderExcluirBem bacana o assunto vale muito a pena dar uma olhadinha....
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